Os servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro clamam por uma resposta do governador Cláudio Castro sobre o pagamento da segunda e da terceira parcelas da recomposição salarial, conforme aprovado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em outubro de 2021. Ontem (28/08) foi dia de irem às ruas, mais uma vez, cobrar uma resposta, mas infelizmente só receberam omissão e desrespeito por parte do governo estadual.
Centenas de servidores de diversas categorias compareceram ao Ato Unificado convocado pelo Movimento Recomposição Salarial, Já!, no Palácio Guanabara, na esperança de conseguir, ao menos, uma reabertura de diálogo com o governador. Nenhum representante da Casa os recebeu. O que faz com que Cláudio Castro esqueça das categorias do Executivo e deixe seus servidores à míngua?
Mas a omissão e o desrespeito do governo não pode desanimar os servidores de irem às ruas. Ao contrário. Os servidores estaduais devem unir ainda mais esforços para serem ouvidos, mobilizando mais pessoas e comparecendo aos atos do Movimento Unificado, além de atividades convocadas pelas suas entidades sindicais.
Já são 10 anos sem recomposição salarial. Milhares de servidores e suas famílias aguardam a recomposição de seus salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso não é um favor, é direito garantido pela Lei nº 9436.
O que os servidores públicos do Estado do Rio querem é a recomposição da segunda parcela a contar da competência de janeiro de 2023 (5,3%) e mais 5,62%, a contar de janeiro de 2024. Fazendo isto, se garante a isonomia do Executivo com os demais poderes (Judiciário e Legislativo), que já receberam suas recomposições. É importante também lembrar que o governo teve superávit nas contas de 2023 e, provavelmente, terá em 2024, já que a arrecadação subiu em decorrência do aumento da cobrança da alíquota de ICMS de 18% para 20%.
Para buscar ainda mais mobilização, a luta não pode parar. Sendo assim, o Movimento Recomposição Salarial, Já! realizará uma reunião com suas lideranças sindicais na próxima segunda-feira, 2 de setembro. A intenção é debater os próximos passos da negociação e como ampliar a mobilização das categorias.